Descubra por que os jogos de corrida mais recentes da EA não conseguirão replicar a experiência emocionante de Need for Speed Underground 2. Nossa análise investiga os principais elementos que tornaram Underground 2 um favorito dos fãs e por que novos jogos podem não replicar sua magia.
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Os videogames modernos são um passatempo radicalmente diferente dos jogos que amávamos há vinte anos. A prevalência de “conteúdo para download” deu origem a uma nova geração de “jogos como serviço”, que transformaram todo o processo criativo. Talvez o melhor exemplo disso seja a série Need for Speed da EA, que hoje está praticamente irreconhecível.
Se você perguntar a qualquer fã, provavelmente dirá que a série atingiu seu auge em 2004, com o lançamento de Need for Speed Underground 2. Este jogo personifica o espírito rebelde dos adolescentes do início dos anos 2000 e tocou os jogadores com sua despreocupação. atitude, trilha sonora de hip-hop e sistemas de personalização obscuros que permitiam ajustes intermináveis em carros importados. Tornou-se um sucesso mainstream que ainda hoje mantém um culto devotado devido ao seu espírito anti-autoridade e estilo nostálgico.
No entanto, a indústria moderna de jogos AAA é dominada por orçamentos enormes, franquias e apostas seguras criativas. Desenvolver um jogo de US$ 60 custa hoje US$ 100 milhões ou mais, exigindo investimentos consideráveis em publicação e retorno do investimento. Ideias originais são raras, com a maioria dos jogos buscando explorar a propriedade intelectual existente para garantir a sustentabilidade das receitas da franquia.
A criatividade é sufocada pelo foco na monetização, nas microtransações predatórias, no apelo comercial e na maximização do tempo de jogo, em vez do coração ou da personalidade. Esta é uma das principais razões pelas quais a série Need for Speed perdeu seu brilho. Para efeito de comparação, pegue o Need for Speed: Most Wanted original de 2005 e compare-o com seu equivalente de 2012. A diferença é gritante.
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Algo semelhante aconteceu recentemente com o lançamento de Need for Speed Unbound. Embora o título procurasse recapturar a atitude rebelde do Underground 2, a verdade é que parecia forçado e totalmente artificial.
Também vale a pena mencionar que seria simplesmente impossível capturar os relâmpagos do Underground 2 em uma garrafa. Os tempos eram diferentes. Com a enorme popularidade da série Velozes e Furiosos, ajustar carros importados era considerado o símbolo máximo do status rebelde. Um jogo como Underground 2, com sua personalização quase ilimitada, era exatamente o tipo de coisa que os jogadores queriam ver em um videogame.
Hoje, o ajuste de carros como em Pimp My Ride é uma relíquia do passado. Seria difícil vender um jogo de corrida baseado apenas em quão bem ele é customizado. Se titãs de vendas como Forza e Gran Turismo estão lutando para se estabelecer no mercado atual, imagine o que resta para um jogo como Need for Speed. Os jogos de corrida arcade praticamente desapareceram desta geração de jogos – com exceção de um encanador italiano e suas aventuras de kart.
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Embora nunca possamos ter um jogo de qualidade tão inegavelmente alta quanto Need for Speed Underground 2, podemos ter a segunda melhor opção. Recentemente, a EA lançou seu remake de Dead Space, e é absolutamente perfeito. Se conseguirem manter esta tendência e refazer Underground 2 num motor moderno – capitalizando o seu factor nostalgia – a EA poderá pelo menos encontrar uma forma de prestar homenagem ao que é inquestionavelmente o melhor Need for Speed alguma vez feito.