Crise de refugiados no Chade: refugiados sudaneses testemunham uma violência terrível
Mariam Adam Yaya, uma refugiada sudanesa, conta os terríveis acontecimentos que a obrigaram a fugir para o Chade. Depois de fugir da fronteira sem provisões e após uma marcha de quatro dias, ela e o seu filho de oito anos procuram agora refúgio em campos sobrelotados como Adre. Yaya diz que homens fortemente armados atacaram a sua aldeia e ela teve de abandonar sete dos seus filhos, enquanto a violência brutal despertou receios de limpeza étnica.
Contexto do conflito no Sudão
Desde 15 de Abril, o Sudão tem sido assolado por uma guerra civil entre o chefe do exército, general Abdel Fattah al-Burhan, e Mohamed Hamdan Daglo, seu antigo vice e comandante das Forças paramilitares de Apoio Rápido (RSF). As operações paramilitares na região ocidental de Darfur causaram vítimas civis e suscitaram receios de um possível genocídio.
Voo para o Chade e experiências traumáticas
O Chade, um país da África Central, acolheu o maior número de refugiados sudaneses. Grupos armados forçaram mais de 8.000 pessoas a fugir para o Chade, onde foram criados campos formais e assentamentos informais. Os refugiados relatam experiências traumáticas, incluindo violência, perda de familiares e violação de mulheres e raparigas.
Condições críticas e crise humanitária
Os Estados Unidos e outras nações ocidentais acusaram a RSF e os seus aliados de crimes contra a humanidade e de limpeza étnica. O número de mortos na guerra é estimado em 12 mil e quase sete milhões de pessoas fugiram de suas casas. Os refugiados chadianos enfrentam agora a ameaça da fome e da escassez de água, causando tensão nos campos. As organizações humanitárias estão a fazer o seu melhor para aliviar a situação crítica e ajudar os refugiados.
Conclusão
Os refugiados do Sudão sobreviveram à violência terrível e a experiências traumáticas, apenas para agora enfrentarem uma nova crise humanitária no Chade. A comunidade internacional deve tomar medidas urgentes para ajudar os refugiados e resolver o conflito no Sudão.